domingo, 12 de agosto de 2012

Cavaleiro das Trevas de Frank Miller

O lendário Frank Miller criou uma das maiores histórias em quadrinhos do Batman: The Dark Knigth Returns. Lançada em 1986, a revista foi uma das responsáveis pela ascensão das HQ de super heróis e seu amadurecimento (junto com Wacthman, mas não a responsável), e muitas vezes considerada a precursora do resgate da visão sombria do Batman. A primeira visão sombria da personagem fora feita por Neal Adans e Dennis O’Neil, mas foi Frank Miller que fez os trabalhos de maior expressão.
Cavaleiro das Trevas começa dez anos após Bruce aposentar o manto. Os heróis do mundo estão extintos por lei e o Superman, é o último em atividade, porém como um agente secreto americano (uma arma poderosa usada em casos de guerra ou crise internacionais). A cidade de Gotham City vive um aumento de criminalidade com uma gangue intitulada de Mutantes. Essa nova onda de crimes faz com que Bruce Wayne saia das trevas e tire o homem morcego da aposentadoria para encarar os criminosos da cidade. Batman é representado por Miller como um homem atormentado pela vingança e traumatizado pelo seu passado usando a inteligência e força bruta para fazer justiça sem limites, chegando ao ponto de assassinar os criminosos.


Em Batman: The Dark Knigth Returns, a pergunta “por que Bruce Wayne é o Batman?”, é explorada desde o assassinato de seus pais. Neste momento a cena do colar de Martha Wayne se espalhando no chão fica imortalizada.
A primeira parte da história se resume em mostrar a angústia de Bruce aposentado. Fato que influência diretamente seus vilões como Harvey Dent – Duas Caras e o Coringa, que também aposentam. A partir disto é explorado a ideia de que o Batman “cria” seus vilões ao ponto de ser comparado a um “câncer social”, o que fora bem explorado mostrando opiniões contrárias sobre influências sociais que o Batman causa (copiada por Tood McFarlane em Spawn). Dentro do grupo de vilões dessa revista podemos excluir a influência do homem morcego sobre o  Líder Mutante, que já começou a história atuando (em uma época que não havia grandes vilões de porte físico em sua galeria).
Uma das grandes inovações dessa HQ foi o fato dela ter sido escrita como uma storyboards. Possui uma boa composição, que acrescenta à narrativa. Páginas com muitos quadros e falas narrando o caos de Gotham, o que termina cansando a leitura. Essa narrativa é quebrada com o aparecimento do Cavaleiro das Trevas, em uma composição que toma a página inteira e nos proporciona um alívio. A história é contada pelo próprio protagonista, mas durante vários momentos é como uma narrativa em “off” que soa como poesias.

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